26 de março de 2010

Eu...

Sou uma parte de mim que não se auto compreende.
Que não consegue entender, porque aqueles que mais admiro e amo se afastaram.
Talvez o meu jeito introspectivo de ser, não tenha me ajudado muito a ser sociável, e fazer novos amigos. Por querer e tentar fortalecer os laços que já tinha.
As novas descobertas do mundo me assustam, mais me dão animo e oportunidade de mudar, tentar uma transformação do meu eu interior.
Pra sorrir preciso ser sincera comigo mesma e isso prejudica as relações externas. Sou transparente, não sei fingir, nem ser aquilo que não sou pra satisfazer os outros.
A solidão tornou-se a minha prisão, mas não uma prisão de um ser, mais de me redescobrir, me reinventar e redizer tudo o que disse antes.
No mar busco minha força, minha ancestralidade, minha tão chamada “Mãezinha”, minha felicidade espontânea e o meu tão sonhado colo eterno.
Amigos? Nem sei onde eles estão agora!
Talvez estejam vivendo suas vidas.
E eu o que faço? Aprisiono-me na torre de babel. Prestes a desmoronar e cair no chão, sabendo que dele não passo.
Só me machuco, levanto, ergo a cabeça e sigo em frente.
Vim ao mundo com um propósito e sei que dele não partirei antes de cumprir o que foi escrito. Mas não tentarei nessa vida agradar “Gregos e Troianos”, porque do ângulo que olham pra mim, verão apenas uma mulher se afirmando, se nagôtizando, olhando o abebé da vida e reescrevendo sua história.

Querendo tanto um colo perdido...
Um sorriso não mais visto...
Um abraço esquecido.


                                           Por Cris Conceição

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